Carlos Muniz busca consenso para atender reivindicação de professores

Presidente da Câmara recebeu nesta segunda-feira (19) representantes da APLB-Sindicato


O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), recebeu nesta segunda-feira (19) representantes da APLB-Sindicato, que representam os professores da rede municipal de ensino, que estão em greve desde o dia 6. Na última sexta-feira, a Prefeitura encaminhou para a Câmara uma proposta de reajuste salarial para os professores, que varia de 9,25% para o Nível 1 / Referência A, até 6,65% e 6.27% para os outros níveis. 
A reivindicação da categoria é que o projeto do Executivo seja retirado da pauta para um debate mais amplo. Segundo o presidente, a possibilidade não está descartada, contudo, não depende apenas da vontade dele. “Na realidade, nossa obrigação aqui é uma obrigação de colegiado e não da vontade só de um vereador. Expliquei  aos professores que se eles quiserem colocaremos a lei em plenário para apreciação, amanhã, para saber dos colegas se retiramos ou não da pauta. Afinal, isso aí não pode ser uma vontade só minha, tem que ser uma vontade do colegiado, da Câmara Municipal de Salvador”, explicou Muniz. 

Segundo Carlos Muniz, a matéria está passando por todos os trâmites legais (reunião de comissões em conjunto, como Constituição de Justiça, Educação e Orçamento), de forma que nenhuma parte do processo seja atropelada. 

“Até porque, espero que a vontade dos professores e dos servidores em geral sejam realizadas, mas não depende só da Câmara de Vereadores, e sim da negociação que eles estejam fazendo com o Executivo Municipal”, elencou o presidente, reforçando que, inclusive, já se sentou à mesa com o prefeito Bruno Reis para tratar sobre o assunto. 

“Tive uma reunião com ele sobre isso e nos foi encaminhado um projeto em que há um escalonamento em relação à categoria de cada um, em que ele garantiu que todos os professores estariam ganhando o piso, que é exigência da categoria”, enfatizou.

A vice-coordenadora do Sindicato dos Professores (APLB), Marilene Betros, foi recebida por Muniz e afirmou que a classe foi pega de surpresa, já que não houve debate. Na ocasião, um documento com as discordâncias, a exemplo do reajuste dividido, escalonado, “que achatará ainda mais a tabela do magistério”, foi entregue. 

“O prefeito não apresentou nenhuma proposta de como iria recuperar essas perdas para chegar até o piso salarial. A categoria estava aberta a discutir como se procederia para chegar até esse piso, mas infelizmente ele envia para a Câmara uma proposta que não contempla de jeito nenhum ao que foi reivindicado. Assim, nós estamos aqui mobilizados, fazendo um apelo aos vereadores, encaminhando documento onde explicamos o motivo por que esse PL não nos atende e fazendo o apelo para que ele não seja votado da forma como entrou”, apelou. 

A ideia é garantir o cumprimento do piso salarial para todo o magistério da rede municipal e, dessa forma, acabar com a greve da categoria. Para garantir o pagamento do piso, a Prefeitura também decidiu dar um aumento maior para aqueles que recebem um salário menor. Os integrantes do magistério de Salvador de Nível 1 e Referência A terão reajuste de 9,25%; já os de Nível 1 e Referência B ficarão com 6,65%.

O reajuste base de 6,27% está destinado aos professores de Nível 1 e Referência C, além do quadro suplementar do magistério público.