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[Editorial] O fator Prates

Leonardo Silva Prates nasceu em Salvador no dia 5 de setembro de 1978. Iniciou sua trajetória política ainda na época da escola através dos grêmios estudantis do colégio Maristas, onde conheceu o amigo ACM Neto. Nos tempos da faculdade de engenharia fundou, junto com Neto, do PFL jovem. Viu o partido mudar o nome para Democratas (DEM) e lá permaneceu até a semana passada em polêmica e discutida saída.

Pelo DEM se elegeu vereador por dois mandatos. Em 2018. Também pela sigla, foi eleito deputado estadual. Licenciou-se do cargo para assumir a Secretaria Municipal de Saúde. Prates sempre chamou à atenção no meio político pela diplomacia e pelo bom trânsito em todos os polos e tendências políticas. Ao mesmo tempo em que ressaltava a eterna gratidão e lealdade ao prefeito ACM Neto, era visto em debates animados com vereadores da oposição. Não à toa exerceu com destaque seu mandato como presidente da Câmara Municipal.

Nos últimos meses muito vinha se falando sobre uma possível ida de Leo para o PDT. Fotos postadas em suas redes sociais em que aparecia com velhos caciques da siga tais quais o presidenciável Ciro Gomes e o presidente do partido, Carlos Luppi davam sinais cada vez mais evidentes do seu destino. Embora os chefes do PDT batessem o pé sobre uma pré-candidatura de Prates à prefeitura, o que todos especulavam de fato era uma composição do partido com o DEM, em uma possível chapa com Bruno Reis, tendo em vistas as articulações de Neto para 2022. Embora, o atual secretário de Saúde sempre tenha frisado o seu compromisso e fidelidade com o grupo do prefeito, ele também jamais escondeu o seu desejo de governar a cidade.

Seu pedido de desfiliação do DEM, sobretudo após os motivos alegados, onde acusou possíveis antigos correligionários de “perseguição” reacenderam o debate. Estaria o deputado licenciado fazendo mero “jogo de cena” ou realmente resolveu alçar vôo solo e emancipar-se da aba do prefeito? É aguardar as cenas do próximo capítulo.