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Em São Paulo, Ana Paula Matos destaca prioridade com infância e adolescência ao receber propostas de mais de 150 organizações

A candidata a vice-presidente da República, na chapa encabeçada por Ciro Gomes, Ana Paula Matos, recebeu nesta segunda-feira (15), o Plano País para a Infância e Adolescência, que reúne propostas de políticas públicas elaboradas por mais de 150 organizações, redes e coalizões da sociedade civil. A ação ocorreu durante almoço em São Paulo, com Cláudia Vidigal, representante no Brasil da Fundação Bernard Van Leer, Renato Godoy e Gustavo Paiva, do Instituto Alana, e Márcia Woods, representando a Fundação José Luiz Egydio Setúbal. Por meio da Agenda 227, o documento é dirigido às candidaturas à Presidência, e tem como objetivo impulsionar a nação rumo a uma matriz inclusiva e sustentável de desenvolvimento.
Defensora da causa, Ana Paula destacou a importância da pauta e reafirmou o compromisso em dar prioridade para crianças e adolescentes em um possível governo. Para a candidata, o tema é fundamental já que a primeira infância é o período de maior possibilidade para a formação das competências do indivíduo. “É a janela em que experiências, descobertas e afeto são levados para o resto da vida. O que acontece neste momento tem impacto sobre toda a existência do indivíduo. Portanto, atuar nessa fase da vida tem efeito na formação de seres humanos mais adaptados socialmente, capazes, produtivos e felizes. E necessário assegurar oportunidades iguais e, com isso, aumentar as possibilidades de ruptura do ciclo de pobreza das famílias em situação de vulnerabilidade”, pontuou a candidata.

A Agenda 227 tem a missão de buscar o efetivo compromisso dos candidatos a resolver os principais problemas que impactam o curso do país. “Indicadores econômicos, sociais e ambientais registram que o Brasil vive hoje um dos mais críticos períodos de sua história recente, o que torna excepcionalmente árdua a tarefa da liderança que vier a ocupar a Presidência da República a partir de janeiro de 2023. Situações emergenciais deverão ser atendidas desde a primeira hora, mas com base em políticas que, a médio e longo prazos, também viabilizem a superação de fatores estruturais de produção de desigualdade e violação de direitos”, indica o plano.

Segundo a postulante ao cargo de vice-presidente, tanto ela quando Ciro, que lidera a chapa, “irão criar políticas para garantir a saúde da criança e adolescente, possibilitando a educação infantil, assistência social, o direito ao brincar, acesso as cidades e ao meio ambiente. Teremos um olhar amplo e diverso à causa”. Entre as ações do Plano País, destaca-se a apresentação de propostas objetivas de políticas públicas, no âmbito da educação, saúde, nutrição, orfandade da Covid-19, enfrentamento das violências, igualdade racial, equidade de gênero, inclusão das pessoas com deficiência, redução da pobreza e mudanças climáticas.

Ainda conforme Ana Paula, receber o documento fortalece a democracia e mostra o compromisso da sociedade civil com a construção de um Brasil mais inclusivo, sustentável, que preze pelo desenvolvimento e oportunidades iguais. “Não acredito em desenvolvimento econômico sem o social. Para alcançar a atenção integral à criança e adolescente e ao seu desenvolvimento, é importante integrar os profissionais e serviços de saúde, educação, cultura, assistência social, direitos humanos, entre outros, dando materialidade ao Sistema de Garantia de Direitos previsto na legislação sobre os direitos desse público.

Recentemente, Ana Paula Matos esteve, enquanto vice-prefeita de Salvador, integrando o Programa de Desenvolvimento de Liderança da Primeira Infância 2022, em Havard, no EUA.  O programa reuniu prefeitos (as), vice, secretários (as), pesquisadores de políticas da primeira infância, acadêmicos e outros líderes sociais atuantes nessa importante temática. A gestão municipal de Salvador implantou o Núcleo Especial de Apoio à Primeira Infância, com a finalidade de promover a atuação articulada das políticas e ações multisetoriais que proporcionem o desenvolvimento integral das crianças de 0 (zero) a 6 (seis) anos, considerando a família e o contexto de vida.