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Estudo revela que lama de Mariana atingiu Abrolhos sete meses após tragédia

Um estudo publicado pela revista técnica ScienceDirect, da editora anglo-holandesa Elsevier, revelou que a lama da barragem Mariana, que se rompeu em 5 de novembro de 2015, em Minas Gerais, atingiu os corais Parque Nacional de Abrolhos, no sul da Bahia, sete meses depois.

Segundo a publicação, um sistema de vigilância, composto por dados sobre ventos, temperatura da superfície do mar e o total do material em suspensão na água, “indicou que a pluma de rejeitos de ferro atingiu a porção sul do Banco Abrolhos em 16 de junho de 2016”.

A tragédia de Mariana lançou mais de 50 metros cúbicos de lama no Rio Doce, matando 19 pessoas e deixando 296 desaparecidas. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, os rejeitos de minério de ferro invadiram o oceano 17 dias após o rompimento da estrutura e os impactos ambientais ainda são desconhecidos.

“Para obter mais evidências da presença de rejeitos dos recifes de coral, amostras de água foram coletadas em uma área que abrange o estuário do rio até os recifes no sul do Banco Abrolhos”, relataram os estudiosos. Segundo eles, “a composição isotópica e microbiana das amostras, bem como a composição dos recifes”.

O estudo, que foi assinado por 15 pesquisadores, vai servir como base para futuras avaliações de impacto a longo prazo nos recifes de coral branco de Abrolhos. Além deste, outra pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) detectou a presença de zinco e cobre na região do Parque Nacional, onde vivem aves, tartarugas e baleias.

Fonte: BNews