Vereadora questiona ausência, no governo estadual, de políticas públicas efetivas para a causa animal
A vereadora Marcelle Moraes (UB) cobrou, em sessão ordinária, na tribuna da Câmara Municipal de Salvador, na tarde de terça-feira (10), lisura e transparência na prestação de contas sobre um suposto serviço de castração contratado pelo Governo do Estado.
De acordo com Marcelle, uma ONG pertencente a uma ex-vereadora de Salvador foi contratada pelo governo para realizar cirurgias de esterilização em animais na Bahia. “Não existe nenhum programa da causa animal em mais de 18 anos de governo. Precisamos que venham a público relatórios que comprovem essas castrações e benefícios para a causa animal”, afirmou.
Marcelle ainda relatou situações encontradas durante visitas a cidades do interior: “Eu tenho viajado pelos municípios da Bahia e o que vejo são surtos de esporotricose, cidades pequenas sem nenhum Centro de Controle de Zoonoses, o que contribui gravemente para os riscos em saúde pública da população”, lamentou.
Vereadora há nove anos e militante da causa animal há mais de 15, Marcelle classificou a atual gestão estadual como ineficiente em políticas públicas voltadas para os animais. “É preciso fazer o que foi feito aqui em Salvador. Mais de 3 mil animais por mês foram beneficiados com castrações. Temos uma Diretoria de Proteção Animal funcionando com eficiência, que vou lutar para transformar em uma superintendência com total autonomia de gestão. O único hospital público veterinário funciona aqui na capital e atrai tutores e animais de municípios como Barreiras e Porto Seguro, sobrecarregando mais um equipamento público da nossa cidade”, destacou.
A vereadora também criticou os cuidados do Governo do Estado com a entrega do zoológico reformado. “Tem que fechar isso! Coitados dos animais, que ali são tratados como atrações de circo. A proposta deveria ser outra: um santuário que protegesse a nossa fauna. Não vou me calar diante de tanto desdém. Me elegi para defender a causa animal. Eles têm direitos e isso está na Constituição”, concluiu.
