Por Teobaldo Pedro
Negar-se a importância do 13 de maio é tão vago quanto se negar a existência de uma luta que se perdura por inclusão, igualdade e valorização do ser humano de pele negra. E se muitos afirmam nao praticar um racismo factual, infelizmente ainda há o racismo funcional, que exclui e minimiza o ser, a partir da sua cor étnica.
E este modelo, de preconceito velado, neo-racismo conceitual e funcional, existe sim. Eu já fui vítima dele. E ele está por aí. É arraigado ao imaginário cultural que considera ser normal o negro ter menos oportunidades e ser ele o mais explorado na pirâmide social brasileira. E isso de uma forma conceitual e prática, numa visão contínua que subjetiviza o ser a partir de sua etnia primária.
Eu reafirmo que não se trata aqui de uma vitimização racial ou luta de classes, mas sim de uma luta por igualdade, respeito e oportunidades iguais para um nicho social, hoje secundarizado. E, eu sonho com um dia em que nenhum olhar se feche ou nariz se torça enxergando só a cor da pele de alguém. Sonho com um País onde todos sejam tratados com Justiça e Igualdade. E onde caráter e honra valham mais que suas origens étnicas. Creio nisso!
* Pastor Teobaldo Pedro.
Juazeiro-BA
