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[Opinião] Dados curiosos sobre a estimativa do IBGE para população de 2019

Por Valmir Sampaio

O IBGE publicou no Diário Oficial da União, neste último dia 28, a estimativa da população dos Estados e Municípios Brasileiros para 2019, apresentando um crescimento de 10,2% da população brasileira em relação ao último censo realizado em 2010, saindo de 190.755.799 para 210.147.125 habitantes.

No caso específico da Bahia, o crescimento foi de 6,1%; de 14.016.906 em 2010, para 14.873.064 em 2019. Ou seja, um aumento de 856.158 habitantes em nove anos.

Analisando os 417 municípios baianos, desde o último Censo em 2010, alguns pontos são dignos de observação:
a) Dos dez municípios que mais cresceram proporcionalmente, segundo as estimativas do IBGE, seis estão na região metropolitana de Salvador. Camaçari (23,1%); Dias d´Ávila (22,0%) Lauro de Freitas (21,4%), Madre de Deus (21,4%), São Francisco do Conde (19,9%) e Pojuca (19,5%);
b) Os dois primeiros colocados são: Luiz Eduardo Magalhães, com população de 87.519 habitantes e crescimento de 45,6% e Catolândia com 3.577 habitantes e crescimento de 36,9%;
c) Salvador ficou em 126º lugar com crescimento de apenas 7,4% em relação a 2010;
d) Dos 126 municípios baianos que tiveram queda na população, com exceção de Ilhéus cuja estimativa em 2019 foi de 162.327 habitantes, os demais têm menos de 51.000 habitantes.
e) A situação é mais agravante nos 245 municípios baianos com menos de 20.000 habitantes, onde 104 (42%) reduziram a população no período de 2010 a 2019.
f) Os municípios que, proporcionalmente em relação a 2010, mais perderam habitantes foram Maetinga (55,1%), Caatiba (40,8), Guajeru (33,4%) e Ribeirão do Largo (32,4%). Todos os quatro com menos de 5.000 habitantes, segundo estimativas do IBGE para 2019.

Para o consultor Valmir Sampaio: “O IBGE em 2013 mudou a metodologia de cálculos que resultou em um crescimento de 7,3% da população baiana em apenas três anos, bem como, voltou a alterá-la em 2018 fazendo com que apresentasse uma queda em um ano, de 3,5% em relação a 2017. Tais números acabaram demonstrando instabilidades nos resultados e vai requerer dos gestores municipais e da população uma atenção especial no próximo Censo, buscando assim corrigir distorções surgidas durante o período, a partir do ultimo de 2010.”

Fonte: GPE – Gestão Pública e Empresarial Ltda