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[Opinião] O que há por trás da Pesquisa Atlas Intel. E o questionário que causa estranheza.

Por Anderson Santos*

Será mera coincidência ou são sinais do destino que a pesquisa Atlas Intel sobre a disputa eleitoral em Camaçari tenha sido divulgada no dia 01 de abril, conhecido popularmente como o dia da mentira?
Longe de mim dizer que a pesquisa seja uma mentira, mas ela está longe ser considerada como um retrato sério e profundo do atual cenário político de Camaçari.
A pesquisa dentro do seu questionário possui 18 perguntas, entre elas em quem você votaria no pleito de 2024, uma avaliação dos governos federal, estadual e municipal, uma avaliação sobre os principais líderes políticos do país e alguns outros itens que são relevantes, porém deixa de fora outros que são muitos mais relevantes.
Essa metodologia de pesquisa via internet tem a vantagem da economia para a realização e sua velocidade, por outro lado apresenta algumas desvantagens que podem distorcer os resultados de uma pesquisa. O principal problema acontece em relação à definição da população da pesquisa. Outro fator importante é a adesão: por se tratar de algo fácil de “se livrar”, os entrevistados podem simplesmente deletar o e-mail ou esquecer de responder.
Para um retrato mais fiel à realidade eleitoral e que buscasse trazer um diagnóstico que realmente tivesse a intenção de informar à população de Camaçari e os agentes políticos desse cenário, a pesquisa peca em deixar de fora perguntas fundamentais e que verdadeiramente influenciam a decisão e estratégias para uma campanha vitoriosa.
A não inclusão dessas perguntas me causaram estranheza já que todo estrategista político que entende minimamente de pesquisa sabe que o que se busca para montar uma boa tática eleitoral é ter informações como rejeição do candidato e o conhecimento da população dos candidatos.
Com isso em mãos fazemos o que chamamos de avaliação do potencial de crescimento e o cruzamento com a subida e descida de cada um dos candidatos, momento a momento.
Se rejeição alta do candidato for acompanhada por um alto índice de conhecimento, sabemos que essa é uma rejeição difícil de se reverter. Já se a rejeição alta for acompanhada de um alto índice de desconhecimento, sabemos que essa é uma situação que é possível de reverter. É o que chamamos de boa rejeição.
Vamos a uma questão prática para facilitar o entendimento de todos. Devo lembrar que foi o cruzamento desses dados que levaram a desistência do atual senador Jaques Wagner a não participar das eleições de 2022, pois o cruzamento entre rejeição alta e conhecimento alto tornava seu sucesso eleitoral muito difícil. Já no caso do atual governador Jeronimo Rodrigues sua rejeição alta era devido ao alto índice de desconhecimento da população, o que para a tática eleitoral era possível reverter, e foi o que aconteceu. E apesar de serem de campos políticos opostos, a situação de Flávio no momento é idêntica a de Jeronimo em 2022.
Devido ao modelo usado no questionário fica evidente que a intenção dele é causar algum impacto na última semana da janela de filiação partidária, o que denota o desespero de nosso adversário, pois ele sabe muito bem que é agora na montagem e organização dos partidos e pré-candidatos que a eleição pode ser definida.
Temos o melhor time, mais qualificado, e que será melhor treinado, dotado das condições estruturais para se fazer uma boa campanha, temos um governo cheio de obras e realizações, e temos Flávio Matos o melhor candidato, preparado e com experiência, qualificado intelectualmente, que é filho da cidade e penetra bem as classes populares, por que tem afinidade com o povo, pronto para nos liderar na campanha e a partir de 2025 conduzir os rumos de nossa cidade.
Devido a esses fatores é que não tenho dúvida que Flávio Matos sairá vencedor das eleições de outubro de 2024.

*Anderson Santos, Presidente do PDT – Camaçari