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[Opinião] Vinte e dois de abril não será mais o mesmo!

Por Fabiano Bastos*


Historicamente o vigésimo segundo dia do mês de abril vem sendo lembrado por todos os brasileiros como a data oficial do Descobrimento do Brasil. O dia do nosso descobrimento é comemorado em 22 de abril e não é um feriado nacional. Esta data marca a chegada dos navegadores portugueses ao território brasileiro pela primeira vez no ano de 1500. Entretanto, podemos dizer que o dia 22 de abril de 2020 deixará marcas profundas nesta importante data. Uma fatídica reunião acontecida nas dependências do Palácio do Planalto, em Brasília, capitaneada pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da Republica Jair Messias Bolsonaro, com Ministros de Estado e demais componentes dos primeiros escalões do governo, será sempre lembrada pela nação brasileira e estará registrada nos anais da recente história do nosso país.


Na historia o que está feito e principalmente escrito, não se apaga. Ficará para a eternidade, disponível para outras gerações e porque não, civilizações. Inclusive nestes tempos modernos a internet permite acesso a toda historia registrada e escrita pela humanidade. Porém, novos fatos são sempre escritos e/ou reescritos pelos principais atores da história. O povo! Diferentemente de tempos longínquos, onde os registros ficavam na mente das pessoas, tinha prazo de validade por conta da idade e no máximo utilizavam-se pergaminhos para tais registros escritos, nos tempos de hoje além da nossa memória existem diversas possibilidades de registro e arquivamento dos fatos. Tais fatos podem ser de maior ou menor relevância, mas sempre farão parte da historia deste povo.
Diferentemente de 1500, o fato histórico foi registrado em vídeo e após alguns capítulos da novela do atual governo, foi apresentado na ultima sexta-feira (22/05), mediante ação judicial e autorização do Supremo Tribunal Federal, nossa suprema corte.


O conteúdo revelado à nação brasileira mais do que nunca dividiu opiniões e deixou a política nacional polarizada. De um lado os que são a favor do Presidente e se auto-intitulam direitistas, aqueles que se conformam com tudo o que o capitão faz ou fala; do outro os que são contra o Presidente e suas atitudes, neste caso um leque amplo de ideologias políticas e partidárias, assim como aqueles cidadãos a políticos e que não concordam com falas e atitudes totalitárias e discriminatórias do atual mandatário brasileiro. Vários foram os pontos que chamaram a atenção e deixaram grande parte da população estarrecida e boquiaberta. A instituição Presidência da Republica foi achincalhada. O presidente e seus ministros quebraram protocolos, utilizaram-se de vocabulário chulo e impróprio para uma reunião de estado, ameaças foram feitas às pessoas e instituições por elas representadas, acusações ao STF e seus membros, assim como Governadores e Prefeitos. Nas imagens reveladas não pôde ser constatada idéias e muito menos soluções para os graves problemas que o país atravessa neste momento, pandemia do COVID19 e crise econômica. Talvez o impacto de todo o contexto explícito no vídeo e revelado na reunião do dia 22/04, não consiga ser traduzido de forma escrita.


Lamentável a forma como o atual governante do nosso país e seus asseclas se posicionam e conduzem as instituições do Estado, demonstrando total desrespeito à constituição, às leis e principalmente à população.
Nosso tão festejado 22 de abril, uma das nossas datas mais importante, será lembrado de agora em diante por, (AB) antes de Bolsonaro e (DB) depois de Bolsonaro.

*Fabiano Bastos, soteropolitano, baiano e cidadão brasileiro

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